![]() |
Alexandre Brito |
A Poesia de Alexandre Brito
as idéias estão sob o chapéu
dentro
um céu sem anjos
uma profundeza e meia
aquele olhar íngreme sobre as coisas
mais a matéria com que se experimenta
uma arte, uma excelência
uma solidão
com aba não muito larga
e uma velhice convenientemente abstrata
um chapéu assim
vai aonde deve ir
faz o que tem de ser feito
transborda a banheira de glândulas e
inventa o homem
esse esquivo animal sem asas
não fosse
o velocípede
o boné, o alicate
os eclipses, arquipélagos
explosões solares
os equívocos significantes, as substâncias cicatrizantes
como a desóxirribonuclease
tudo seria diferente
e tudo nos seria indiferente
o chapéu é a chave
vai no topo do homem
o homem uma possibilidade
vai no coco do mundo
ninguém sabe do que é feito
o que está exatamente embaixo do nariz
nunca é visto
é preciso mais de sete mares
para enxergar uma obviedade
a vida é um chapéu azul na cabeça de alguém
incrustado na pedra bruta
um homem acredita ou aspira acreditar
em algo
dois olhos intactos
examinam as próprias dúvidas
fibra por fibra
sem a força do sol a manhã pálida ganha vida
nenhum movimento ou quase nenhum
revela o impasse a que se dedica
enquanto isso o leitor, essa ilusão
vira as páginas de um livro que nunca termina
e porque eu amava as canções do Caetano, e porque eu amava as canções, e porque eu amava,
e porque alguém me amou, esse poema (comentário meu)
dizer teu Mel
só com Outras palavras.
tu és Muito.
Meu bem, meu mal.
Beleza pura que pega o Trem das cores
e brilha à Luz do sol.
Força estranha de Luz e estrela.
Lua, lua, lua, lua, Love, love, love.
Nu com minha música penso:
Você é linda, Você é minha!
faço uma Oração ao tempo.
peço Sete mil vezes Samba e amor contigo.
amada, Musa híbrida
Não me arrependo de te amar.
te quero Cá já
Mimar você Na asa do vento.
para Sandra
Alexandre Brito
Seleta Esperta
Castelinho edições - Instante Estante
página de Alexandre Brito
0 comentários:
Postar um comentário